- Sobre
Dra. Fernanda Mocelin
Pneumopediatra – RQE 27.163
Pneumopediatra;
Pediatria Preventiva e Integral;
Amamentação, vínculo mãe/bebê, e saúde física e emocional dos pequenos.
- Graduação
Medicina pela Universidade Federal de Pelotas – UFPel
CRM Nº 33.607
- Residência
Pediatria na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA
RQE Nº 27.162
Pneumologia Pediátrica na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA
RQE Nº 27.163
Informação aos pais
A chegada do inverno, para a maioria dos pais, é sinônimo de várias visitas ao pediatra, gasto absurdo em remédios e noites em claro.
Nesta época, as doenças respiratórias são as grandes vilãs. É no inverno que a incidência dos casos de asma aumenta e isto se deve ao aumento dos resfriados e gripes, que funcionam como “gatilho” das crises em pessoas com predisposição genética e/ou ambiental. A tosse persistente (seca ou “encatarrada”), costuma ser o principal sintoma, levando ao uso abusivo de antibióticos, corticóides e xaropes.
Atualmente, se sabe que o uso de antibióticos altera de maneira significativa a flora intestinal, que é umas das grandes responsáveis pela nossa imunidade. É provado também, que o uso frequente de corticóides por via oral (a famosa prednisolona), funciona como imunossupressor. Ambas medicações deixam o organismo mais suscetível às doenças e fazem o famoso efeito “bola de neve”: quanto mais antibiótico e corticóide a criança toma, mais doente ela fica.
Certamente, a parte mais difícil do manejo da asma é o reconhecimento da doença. A asma grave, que pode envolver queda na oxigenação com necessidade de internação, é o tipo mais fácil de diagnosticar e tratar. Entretanto, existem outros sinais e sintomas que, embora menos graves, costumam ser muito úteis quando se fala em reconhecimento da doença.
São eles:
– Tosse prolongada após gripes e resfriados (geralmente, mais de duas ou três semanas);
– Tosse para exercícios (durante ou após realizá-los);
– Boa resposta à “bombinha”: a tosse cede ou melhora bastante com o medicamento adequado.
O objetivo do tratamento da asma é restaurar a qualidade de vida do paciente e da sua família. A criança deve levar uma vida “normal “, mesmo que “normal” signifique uso diário de medicação.
O pneumopediatra é o médico capacitado para o tratamento de asma na infância, bem como para fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças respiratórias. Caso seu filho tenha asma, é de suma importância que a família esteja vinculada a este profissional, que irá auxiliar no reconhecimento e abordagem precoce das crises (reduzindo idas à emergência e o uso de antibióticos muitas vezes desnecessários), bem como iniciar um tratamento preventivo, se houver indicação.
Por fim, vale a pena repetir:
– Não é normal tossir o ano todo ou tossir todas as noites;
– Não é normal não conseguir fazer exercícios ou brincar;
– Não é normal o uso frequente de antibióticos ou prednisolona;
– Não é normal nebulizar na emergência com frequência.
Fique atento! Quando uma criança ganha em qualidade de vida, toda a família ganha!
Leia também:
- Tratamentos
Pneumologia Pediátrica
Principais doenças que acometem o sistema respiratório:
- Asma brônquica;
- Bronquiectasias;
- Bronquiolite aguda viral;
- Bronquiolite obliterante e sequelas das infecções virais;
- Displasia broncopulmonar;
- Doenças do interstício pulmonar;
- Doenças respiratórias por aspiração de alimentos – disfagia e doença do refluxo gastroesofágico;
- Fibrose cística;
- Malformações do sistema respiratório;
- Obstrução das vias aéreas superiores;
- Pneumonias agudas;
- Rinite alérgica;
- Síndrome do bebê chiador;
- Sinusites agudas e crônicas;
- Tosse crônica;
- Tuberculose pulmonar.
A grande maioria das afecções respiratórias é relacionada a problemas pulmonares, ambientais, alérgicos e otorrinolaringológicos. Estas doenças causam frequentemente déficit no crescimento, no desenvolvimento neuropsicomotor, na audição, distúrbios de linguagem e do sono, alterações ortodônticas ou provocam sequelas respiratórias em longo prazo.
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